Secretário de Saúde fala sobre falha na comunicação do processo vacinal e anuncia novas doses

Secretário de Saúde fala sobre falha na comunicação do processo vacinal e anuncia novas doses

Secretário de Saúde fala sobre falha na comunicação do processo vacinal e anuncia  novas doses

Durante entrevista coletiva, na tarde desta quinta-feira, 18, o secretário de Saúde, James Rodrigues, acompanhado da coordenadora de Imunização, Polyanne Pires e do diretor de Vigilância Sanitária, Jussinaldo Duarte, fez uma série de esclarecimentos sobre a polêmica da suspensão do processo de vacinação durante esta quinta-feira.
A nota que falava que o fechamento das UBS´s e o adiamento da vacinação de idosos com 80 anos, para a segunda-feira, teria motivação do feriado antecipado de 19 de outubro para esta quinta-feira. James explicou que houve uma falha de entendimento com o setor de comunicação da Saúde e que a suspensão da vacinação nesta data tem outro motivo. Ele explicou que 104 idosos na faixa etária de 80 anos já haviam recebido as doses, que não foram suficientes para a continuidade. A paralisação estava prevista apenas até a chegada das novas doses previstas para a tarde desta quinta-feira ou manhã de sexta-feira. As equipes das 26 salas de vacina já estavam de sobreaviso para reiniciarem o processo, caso as doses chegassem, o que se efetivou na tarde desta quinta, quando a remessa foi entregue na 10ª Regional de Saúde com envio para a secretaria Municipal de Saúde de Floriano previsto para as primeiras horas da manhã desta sexta. 

 A previsão é de que por volta das 10h da manhã desta sexta-feira seja reiniciada a vacinação dos idosos com 80 anos, com ampliação para os que tem até 84 anos e, na segunda-feira, o início da imunização dos idosos com idades entre 75 a 79 anos.

James enfatizou que a nota polêmica teve intenção de garantir a transparência, como sempre foi feito, mas que a mensagem não foi passada como deveria. “O que causou a confusão foi a transcrição do card de divulgação, que foi equivocada. Estamos admitindo este erro de comunicação e reafirmamos aqui que não temos compromisso com o erro, mas com a preservação da vida”, disse. 

O secretário também explicou que a orientação para os municípios era de utilizar as doses somente para a faixa etária direcionada e, mesmo que algumas pessoas dessa faixa ficassem sem receber a vacina pela quantidade insuficiente, a remessa seguinte seria direcionada somente para a próxima faixa etária determinada pelo Plano Nacional de Vacinação. 


Em Floriano o processo é diferente: somente quando uma faixa etária é totalmente vacinada, passa-se para a outra, mesmo que essas doses venham direcionadas para as idades seguintes. “Este foi um entendimento em parceria com o Ministério Público: só passa para a outra faixa etária quando imunizar todos os públicos da que não teve doses suficientes em seu calendário”, explicou James Rodrigues.


Segundo ele, a Secretaria de Saúde do Estado do Piauí-SESAPI, responsável pela distribuição das vacinas que vem do Ministério da Saúde, se baseia nos dados populacionais do IBGE de 2010, que já estão defasados, mas é o único referencial disponível. “Para se ter uma ideia, para a SESAPI o público de 90 anos ou mais em Floriano, no censo de 2010, seriam 240 pessoas. Na prática existem 313 idosos com essa faixa etária no município”, explicou. No grupo de 85 a 89 anos a diferença é de 100 pessoas, a SESAPI enviou 350 doses e, com o levantamento das equipes de saúde de Floriano, se constatou que existem 450 idosos nessa faixa etária.


Além disso cada frasco vem com dez doses da vacina e uma vez aberto precisa ser aplicado. Se uma Unidade Básica de Saúde tem, por exemplo, apenas 4 idosos de 80 anos, já precisa chamar 6 idosos de 81 anos, antecipando sua vacinação e aplicando todo o frasco da vacina.
Sobre o grupo de portadoras de deficiência, incluídas pelo Estado na lista de prioridades, a SESAPI calcula que Floriano tem 2.142 pessoas nesse grupo, mas vieram apenas 13 doses.


Durante a entrevista, James Rodrigues também falou sobre os chamados consórcios para a compra de vacina. Ele explicou que no neste momento não há viabilidade jurídica e financeira para essa compra, que só é autorizada nos casos em que o Ministério da Saúde não cumpra o Plano Nacional de Imunização, o que ainda não ocorreu, apesar da lentidão no envio das doses. A quantidade que um município compraria seria pequena em relação ao todo e não seria tratada como prioridade. “Quando houver oferta e viabilidade jurídica, com data certa de chegada das doses, certamente Floriano sempre estará pronta para a adesão”, disse James.


No final da entrevista ele explicou, ainda, que as Unidades Básicas de Saúde ficaram fechadas no feriado desta quinta-feira, mas que abrem normalmente na sexta-feira, inclusive para o trabalho de vacinação contra a covid, e que o CERSIG – Centro de Referência para Síndromes Gripais, está aberto, tanto nesta quinta como na sexta-feira, com o atendimento médico, de enfermagem, testagem, dispensação de medicação e realização e encaminhamento de exames