O prefeito de Floriano, Joel Rodrigues, reuniu, na manhã desta sexta-feira, 19, os representantes das entidades do comércio de Floriano: Sindicato do Comércio Varejista, Associação Comercial e Empresarial do Sul do Piauí e Câmara de Dirigentes Lojistas, para apresentar os dados epidemiológicos de Floriano e anunciar novas medidas de restrição no fim de semana.
A diretora de Epidemiologia, Miléssia Mousinho, mostrou dados preocupantes dos últimos dois meses. Um deles é o aumento do número de novos casos de pessoas contaminadas pelo novo coronavírus, que está na média de 25 por dia. Até o dia 17 de fevereiro, data do último levantamento geral são 435 casos, contra 196 dos primeiros 17 dias de janeiro, um aumento de 122% e bem acima dos 323 registrados em todo o mês de dezembro. Em janeiro quando os casos voltaram a subir, foram 560 notificações. Em fevereiro se o ritmo não cair, poderemos ultrapassar os 700 casos, chegando ao terceiro pior mês, desde o início da pandemia.
O número de atendimentos no CERSIG (Centro de Referência para o Tratamento de Síndromes Gripais), também subiu, segundo a diretora Kívia Resende, de 3.050 em dezembro para 3.782 em janeiro e, nos primeiros 17 dias de fevereiro, 2.579 atendimentos.
Outra preocupação é com o aumento no número de internações. Até o dia 17, só de Floriano, eram 14 em leitos clínicos e 7 em leitos de UTI, o que demonstra um maior número de pacientes com sintomas mais graves.
Por causa dos números e do relaxamento da população, o prefeito Joel Rodrigues anunciou que editará um novo decreto de lockdown que valerá a partir das 14h deste sábado, 20, até domingo, com várias restrições, inclusive da comercialização de bebida alcoólica, medidas que valerão também para o shopping e que só não atingirão os serviços considerados essenciais.
O prefeito também pediu o apoio das entidades comerciais para fiscalizar uma situação grave de servidores com sintomas que têm sido atendidos no CERSIG, mas que continuam trabalhando, ampliando o caminho de transmissão do vírus.
Os representantes das entidades presentes também deram sugestões, estão fazendo visitas às empresas e elogiaram as posições do Município, diante do aumento do número de casos. No último fim de semana do carnaval, a população também ajudou no isolamento social, a partir do decreto que atingiu o fim de semana do carnaval.
Tanto o prefeito Joel Rodrigues como os representantes do comércio se mostraram preocupados com a aglomerações também em empresas que prestam serviços essenciais e a Vigilância Sanitária deve endurecer as fiscalizações em geral, com medidas mais duras, no caso de descumprimento das regras sanitárias.
Joel informou que deve encaminhar para o legislativo, um projeto de Lei que determinará o fechamento temporário de empresas que descumprirem os decretos e obrigações sanitárias, mesmo que sejam de serviços essenciais.
“Nós estamos praticamente com um ano de pandemia e não é hora só de medidas educativas, teremos que adotar o rigor da lei para quem ainda não se conscientizou da gravidade do momento”, disse.
Joel Rodrigues afirmou que na próxima semana uma nova avaliação epidemiológica e de comportamento da população será feita e não está descartada a adoção de medidas ainda mais rigorosas. “Está ficando muito difícil a situação da nossa cidade e temos que lembrar que o Hospital Tibério Nunes não é só de Floriano, mas atende a toda uma região”, finalizou.
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